Você sabe o que significa a palavra oratória e como pode utilizá-la em seu dia-a-dia? Oratória é a arte de falar em público, um método de discurso. Esta técnica está presente em diversos campos da vida humana e é de suma importância nas relações sociais, bem como nos serviços, no comércio e na indústria. Podemos sentir a presença desta técnica nos discursos políticos, no jornalismo, nas religiões, na educação, na filosofia, nos recursos humanos das empresas e na publicidade e propaganda, além do marketing.
Na internet, os vídeos de ensinamentos, como é o caso dos vídeos do Youtube, estão repletos do uso da oratória, o coração da comunicação digital. Os comentaristas de jogos de futebol exercem esta técnica, de maneira popular, para ilustrar o que não é dito pelos narradores das partidas.
No direito, durante o julgamento de um réu, os advogados, promotores, juízes e demais membros da Justiça, têm sua comunicação carregada da oratória aplicada ao julgamento. Também nas faculdades e universidades a técnica permeia todos os cursos, proferida durante as aulas pelos professores e profissionais convidados a dar aulas. Nos finais dos cursos, durante a colação de grau, há sempre os discursos dos reitores, professores paraninfos e oradores das turmas.
Em muitos casos, os comunicadores de plataformas na internet praticam o discurso de excelência, prendendo a atenção dos internautas com aquilo que falam. São oradores, criativos, positivos e “antenados” com a modernidade.
O exemplo mais clássico de oratória pode ser visto e ouvido nos discursos dos políticos, nos comícios e no horário eleitoral gratuito. Nesses casos ocorre até mesmo uma guerra de discursos, muitas vezes desconstruindo o discurso dos adversários.
Também o rádio e a televisão se valem das técnicas da oratória para comunicar-se com seus ouvintes e telespectadores. Até mesmo nas relações interpessoais o discurso e como o indivíduo se apresenta é um fator de agregação e pode ir do fracasso ao sucesso dependendo do conteúdo e das técnicas aplicadas ao que se fala.
Desde Marshall McLohan, visionário da comunicação que criou o termo “aldeia global”, o homem tem constante e incessantemente tornado nosso planeta uma aldeia global interligada pela comunicação, mais propriamente dita pela internet e pelas ferramentas de informática, como os smartfones, notebooks, tablets e computadores convencionais.
A conquista do espaço e os satélites de comunicação têm contribuído para melhorar e ampliar o poder da oratória dentro das ferramentas de comunicação, no apoio ao texto e na pesquisa bibliográfica que dão suporte para o embasamento do discurso.
O marketing se apropria da oratória para apresentar seus produtos e serviços, além do marketing pessoal, que também faz uso desta técnica como ferramenta de apresentação e manutenção do diálogo, seja pessoalmente ou nas redes sociais. Ao vender um produto ou serviço, para ter sucesso, a boa oratória também é imprescindível.
Até mesmo nos domínios da mente humana, nas terapias dirigidas por psicólogos e terapeutas, a oratória é medicamento poderoso para sondar os mistérios que percorrem o cérebro e o espírito. Foram os gregos, na civilização ocidental, os primeiros a estabelecer os elementos de fundamentação da oratória, ferramenta essencial da filosofia.
A oratória e suas técnicas ajudam o orador tímido a vencer sua timidez, quando o ator do discurso acredita no sucesso que suas palavras podem causar nos interlocutores. A oratória pode atingir níveis de excelência, quando o orador pratica a eloquência, proferindo palavras de impacto e que se fixarão na memória do ouvinte.
As respostas dos nossos neurônios ao conteúdo da oratória vão ser mais ou menos fixativas conforme os pontos de impacto e relevância distribuídos ao longo do discurso. Em outras palavras, o discurso pode prender nossa atenção de maneira arrebatadora ou tornar-se enfadonho caso o autor da fala não trabalhe as palavras de forma a nos apaixonarmos pelo que se está ouvindo e, muitas vezes, vendo também.
Quem quiser navegar nas ondas da oratória pode assistir a TV Câmara e a TV Senado e verá os discursos dos deputados federais e dos senadores que usam esta ferramenta com impressionante desenvoltura e naturalidade. Outra boa aula de oratória são as homilias, os sermões, que todo padre católico profere durante a missa. Também os pastores evangélicos fazem uso frequente desta técnica em suas palavras dirigidas aos fiéis.
Em algum momento da sua vida você vai se ver frente a frente com a oratória, seja como ouvinte, seja como orador. O que hoje chamamos de narrativas nada mais são do que discursos carregados de elementos da velha e boa oratória. Quando um rapaz se apresenta para uma moça, ele está tirando de sua mochila mental os elementos que compõem a oratória.
Para ter segurança e confiança um orador precisa se preparar e treinar antes de falar em público. Ele precisa dominar o conteúdo e se capacitar para proferi-lo. O domínio do conteúdo da oratória não é simplesmente decorar um texto. Proferir textos decorados são armadilhas facilmente identificadas pelo público.
Certas estratégias contribuem na capacitação do orador:
Estude o tema a ser abordado previamente. É importante dedicar um tempo para estudo do que se vai falar. Fazer um rascunho ou roteiro é uma das ferramentas da preparação.
Marque os pontos principais da oratória que irá destacar. Faça um ensaio daquilo que vai dizer durante o discurso, preferencialmente em voz alta e na frente de um espelho.
A respiração correta e o uso de pausas devem ser observadas. Oradores que se apresentam ofegantemente, engolindo literalmente as palavras em meio à respiração, deixam a platéia com má impressão, além de atrapalhar o entendimento do conteúdo.
Para uma respiração assertiva é necessária a postura ereta, com os ombros equilibrados e isentos de tensão. Para conseguir a boa respiração e a eliminação da tensão, é preciso fazer exercícios respiratórios, a fim de não desperdiçar o ar, expirando gradualmente, evitando contrair os músculos da garganta.
Não esqueça de usar as pausas durante a oratória, criando um ritmo favorável ao discursante. Essas pausas devem ser o mais natural possível, gerando conforto para os ouvintes.
A postura do corpo e o cuidado com os movimentos involuntários devem ser naturais e espontâneos. Faça alongamentos dias antes da apresentação e antes dela. Isso vai ajudar muito e eliminar a tensão.
A correta postura é conseguida movimentando-se pelo espaço onde fará o discurso. Ficar completamente parado deve ser evitado, porém é aconselhável definir pontos em que pode se posicionar durante a oratória.
Evite também os movimentos involuntários durante a fala. Ações como balançar a perna, mexer constantemente os cabelos, estalar os dedos são algumas das coisas que precisam ser evitadas, posto que denotam extrema ansiedade.
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